E ai pessoal! Em alguns momentos nós vamos ter que postar trabalhos do escola como esse que vamos postar agora de Historia. Espero que gostem !
Quando
os navegantes portugueses ousaram se aventurar pela costa ocidental da África,
a Coroa e os mercadores particulares passaram a engordar seus cofres vendendo bens.
Pouco a pouco, vender escravos se mostrou mais lucrativo.
E
assim africanos de diferentes grupos étnicos, foram compartilhando ritos
tradicionais, ao longo do percurso, por terra, até os navios negreiros e depois
nos seus locais de trabalho. Eles e seus descendentes se entregavam a manifestações
mágico religiosas quase sempre mal vista pelas autoridades civis e,
principalmente, a Igreja Católica. Hoje em dia a igreja ainda tem muito
preconceito contra os “feiticeiros” - oguns e oxuns.
Entre
as manifestações se destacavam os calundus, reuniões frequentes na Bahia e
Minas,
onde se dançava e pulava ao som de instrumentos de percussão, e a certa
altura um ou outro entrava em transe, perdendo o sentido ou falando em nome de
espíritos, visando realizar curas, adivinhações ou cultuar ídolos e outros
objetos. Até hoje continua dessa forma sem ser perseguido pela igreja católica.
Já
sobre os africanos e seus descendentes “especializados” nas artes curativas, a
Historiadora Laura de Mello considera-os, junto com os indígenas e mestiços os
grande curandeiros do Brasil colonial
pelo fato de serem hábeis manipuladores de ervas, alimentos líquidos, diversos excrementos.
Muitos
curandeiros negros utilizavam a vontade elementos ligados ao culto católico,
como água benta, orações impressas, hóstias, terços, cruzes e outros objetos de
devoções aos santos.
A
pratica de “por a mesa as almas” além de curar, também, dava conta de objetos
perdidos e do paradeiro de pessoas vivas e mortas. Lá, rituais de fecundidade e
sacrifício de animais eram realizados, e se abandonavam elementos nocivos e
impuros. A terra da encruzilhada servia, ainda, de ingrediente em numerosas
preparações. Hoje em dia isso não ocorre mais.
Nem
toda feitiçaria era uma forma de resistência a escravidão: a escrava Francisca
foi denunciada a inquisição por manter uma mão de defunto e ossos humanos sob a
cabeceira de sua senhora e fazê-la dormir e assim acalmá-la.
by: Tamiza e Luiza
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